sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pastorais da Juventude do Brasil divulgam as Atividades permanentes de 2013.

                 As Atividades Permanentes são o conjunto de ações, mobilizadas pelas Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude Rural e Pastoral da juventude de Meio Popular) em defesa da vida da juventude. A exemplo de Jesus construímos um caminho missionário em defesa da vida. São momentos de oração, partilha, debate, luta e festa protagonizados por diversos grupos de jovens organizados em espaços eclesiais, escolares, rurais e populares de todos os cantos do Brasil.
É um processo desenvolvido durante todo o ano. Tem caráter ecumênico e missionário, sendo assim, busca ir ao encontro dos/as jovens empobrecidos/as onde eles/as se encontram, nas realidades de dor e sofrimento tão comuns na vida da juventude, reafirmando assim, o compromisso tão ousado e teimoso das Pastorais da Juventude do Brasil no seguimento de Jesus Cristo e no cuidado com a vida dos/as jovens e dos/as pobres.
Para o triênio 2012-2014 as Atividades Permanentes terão como eixo norteador a expressão: A defesa da vida na construção da Civilização do Amor. Em 2013, as propostas temáticas das Atividades Permanentes são iluminadas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, pela Campanha da Fraternidade 2013, pela celebração de abertura dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e pelo Ano da Fé. Também estão em sintonia com a preparação da Jornada Mundial da Juventude, com o documento do CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho) “Civilização do Amor – Projeto e Missão” e o Projeto de Revitalização da PJ Latino Americana que neste ano motivará a vivência mística do lugar bíblico de Betânia.
Sendo assim, seguem abaixo as informações gerais sobre cada atividade permanente:
 Semana da Cidadania
Tema: Juventude: Vidas pela Vida
Lema: Pastorais da Juventude contra a redução da maioridade penal
 A Semana da Cidadania (SdC) que normalmente se realiza de 14 a 21 de abril, abordará uma realidade que está em pauta em nossa sociedade:a  redução da maioridade penal. Reduzir a idade penal atinge a vida da juventude e fere muitos de nossos valores cristãos em defesa da vida, dessa forma nos posicionamos contra a redução na maioridade penal, na luta pela vida da juventude.
Neste ano em que a Campanha da Fraternidade trabalhará o tema: Fraternidade e Juventude, queremos evidenciar ainda mais a defesa da vida, dizendo não à redução da maioridade penal, por entendermos que esta mudança na lei permitirá que mais vidas sejam comprometidas em sua formação integral.
 Semana do Estudante
Tema : Juventude e Educação
Lema : Juventude do campo e da cidade, na luta pela educação que queremos.


 A Semana do Estudante (SdE) que compreende o dia do estudante 11 de agosto, esse ano acontecerá de 5 a 11 de agosto, pautará a educação que é oferecida para a juventude brasileira e quais os modelos de educação acreditamos e defendemos, garantia de dignidade para a juventude!



 Dia Nacional da Juventude

Tema: Juventude e missão
Lema: Jovem: levante-se, seja fermento! 
Iluminação: "quanto a você, arregace as suas mangas, levanta-se e diga a eles tudo que eu mandar. Não tenha medo" -Jeremias 1, 17b


 O Dia Nacional da Juventude, que normalmente acontece sempre no último domingo do mês de outubro, esse ano acontecerá no dia 27/10. A atividade irá propor aos/as jovens, a exemplo de Jesus Cristo, o caminho para ir ao encontro dos/as dos/as empobrecidos/as e excluídos/as, transformando corações para transformar o mundo.

A proposta temática do DNJ 2013 e seus materiais foram construídos em conjunto com as Pastorais da Juventude, movimentos juvenis, novas comunidades e congregações que trabalham com jovens, por promoção da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB.
Neste ano em que a juventude é tema principal em várias atividades de nossa Igreja, a Pastoral da Juventude deseja que as Atividades Permanentes possam proporcionam momentos de escuta da realidade do/a jovem, nos ajudando a caminhar na mística de Betânia vivenciando e saboreando da vida em plenitude.
Autor/Fonte: Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pastoral da Juventude do Meio Popular em missão na Itália

Por em 29/01/2013
 

  Fazendo parte das Ações do Ano Missionário da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) o jovem André Fidelis membro da Comissão Nacional da PJMP, o Assessor Nacional Redelson Tomaz e oPadre Alberto Panichella estiveram em Missão durante 15 dias na Itália levando as Boas Novas da Juventude do Meio Popular Brasileiro.

Os jovens visitaram diversas igrejas e instituições, passando por Milão, Ancona, Loreto, Parma, Macerata e Roma, falando sobre a realidade da juventude no Brasil, mais especificamente em torno de todas as ações da PJMP e da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro em julho deste ano.

Participaram do Congresso dos Imigrantes da Itália na cidade de Macerata, próximo a Ancona, com povos de vários países, representando todos os continentes do mundo. Perceberam que os africanos eram os mais animados, porém sofrem devido a questão do desemprego e adaptação com as línguas. Tiveram também a oportunidade de conhecer o Bispo da Diocese Dom Claudio Giuliodori.

Estiveram na sede da Congregação Xaveriana, junto com os Jovens da Ação Católica Italiana refletindo sobre as ações dos jovens na Europa e na América Latina, sobre a cultura de cada continente e as desigualdades sociais.

E vamos chegando de longe, de perto,
Dos bairros, dos centros, das cidades, dos campos,
Como pedras vivas!
Por Frei Alberto e Gustavo Vila Verde
Fonte: www.jovensconectados.org.br

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Realidade dos Jovens Brasileiros de 21.01.2013 - Artigo: "Campanha da Fraternidade e a missão da juventude" (Dom Frei Moacyr Grechi)

A Campanha, no contexto do Ano da Fé, pretende mobilizar a Igreja e os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com os jovens, favorecendo-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos.


A juventude brasileira constitui um dos maiores segmentos da população: são 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil segundo o censo do IBGE (2010), isto é, um quarto da população.
Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 18 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estão fora da escola e 1,8 milhão de jovens brasileiros não cursam o ensino médio. Esse número representa 17,9% do total de talentos que temos no Brasil. Entre 18 e 24 anos, fase de ingressar em uma universidade, mais de 16,5 milhões de jovens não estudam, ou seja, 69,1% do total.
Quanto à população carcerária, de acordo com os dados de 2007 do Ministério da Justiça, 60% dos presos (as) do país têm entre 18 e 29 anos.

A Revista “Carta Capital” (nº 730, de 9/1/2013), em uma reportagem, apresenta a juventude como o grupo mais desprotegido da sociedade brasileira: são os jovens de hoje, pouco contemplados por políticas, os responsáveis pelo futuro.
“A juventude foium dos últimos segmentos a ganhar reconhecimento das políticas públicas no Brasil”, certifica a secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo. A secretaria foi criada somente em 2005, com o Conselho Nacional de Juventude e do Pro jovem, na esteira do Plano Nacional da Juventude. Hoje, essa faixa da população tem, oficialmente, direito a ações específicas do Estado em educação e na geração de emprego. Funciona? Pouco. “Estamos disputando uma visão do que é ser jovem no Brasil”, diz Severine. O projeto de lei, que cria o Estatuto do Jovem e define os seus direitos e o Sistema Nacional de Juventude, está emperrado no Congresso.

Desde a criação da secretaria, mais de mil municípios montaram estrutura semelhante, o que não evita a sobreposição de ações: o jovem é ponto cego das políticas públicas. Tem estado com a Secretaria da Juventude e Esporte, Juventude e Cultura e por aí vai. E o que dizer do orçamento de 30 milhões de reais da pasta? Hoje, o órgão repassa meros 150 mil reais a cada estado, para seminários e conselhos de discussão.
Não é que oEstado não tenha iniciativas: elas só não funcionam de forma integrada. Na meta da inclusão, além de investir na educação, devem existir outras formas para atrair o jovem excluído.
Os especialistassão unânimes ao afirmar que a educação na juventude parece manter-se por um fio. Muitos enfrentam problemas como a pobreza extrema, drogas, violência e gravidez. Têm uma vida instável, que afasta a prioridade da educação e os leva a abandonar a escola.
No campo e na cidade, os jovens carecem de apoio distinto: são juventudes no plural, dizem os especialistas, cada uma com sua realidade. Nenhuma juventude sofre mais que a negra e (geralmente) pobre. Segundo o Unicef, um adolescente negro tem quase quatro vezes mais risco de ser assassinado do que um branco. O número de jovens negros analfabetos, na faixa etária de 15 a 29 anos, é quase duas vezes maior que o de brancos. “Mesmo que o jovem negro consiga enfrentar a desigualdade e educar-se, ainda resta o preconceito”, diz Carrano. “Para sair desse ciclo vicioso, ele precisa ser ajudado. E políticas públicas não adiantam se não vencermos a pobreza”. Enquanto o ideal de distribuição de renda segue longe, políticas específicas ajudariam a integrar esses jovens. Por exemplo, facilitar o trânsito da periferia até o centro, dar-lhes acesso ao lazer e à cultura - inclusive, a mostrar a cultura que produzem.
A despeito da pecha de “apáticos”, os jovens cada vez mais têm lutado por direitos. Após cerca de 1,5 mil reuniões em todo o Brasil, que mobilizaram meio milhão deles, segundo a secretaria, milhares foram a Brasília para a segunda Conferência Nacional da Juventude. Dentre as propostas aprovadas estavam o aumento das cotas e de cursos técnicos gratuitos. Não são burocratas sentados em suas mesas na capital ditando regras: os jovens é que apontam suas próprias carências (Carta Capital, n.730, por Willian Vieira e Gabriel Bonis).
Analisando a realidade da juventude hoje, nosso olhar se volta para o modo como a juventude aparece no Documento de Aparecida.
Os jovens, segundo o Documento, “constituem a grande maioria da população da América Latina e do Caribe” e “representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos” (DAp 443).
De um lado, a Igreja reconhece, através do documento, que “inumeráveis jovens do nosso continente passam por situações que os afetam significativamente”: as sequelas da pobreza; a socialização de valores implantada em novos ambientes com forte carga de alienação; a permeabilidade às novas formas de expressões culturais, afetando a identidade pessoal e social do jovem; o fato de os jovens serem presa fácil das novas propostas religiosas e pseudo-religiosas; as crises da família produzindo, na juventude, profundas carências afetivas e conflitos emocionais (444); a repercussão que tem, nos jovens, uma educação de baixa qualidade (445); a ausência de jovens na esfera política devido à desconfiança que geram as situações de corrupção, o desprestígio dos políticos e a procura de interesses pessoais frente ao bem comum” (445); o suicídio de jovens; a impossibilidade de estudar e trabalhar; o fato de terem que deixar seus países “dando ao fenômeno da mobilidade humana e da migração um rosto juvenil” (445); o uso indiscriminado e abusivo da comunicação virtual.
E, de outro lado, destaca no documento de Aparecida (n.443) qualidades juvenis: A Sensibilidade: os jovens “são sensíveis a descobrir sua vocação”. Recorda que João Paulo II os chamou de “sentinelas da manhã”. “São capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz”. A Generosidade: os jovens são generosos para servir, especialmente os mais necessitados. A Potencialidade: os jovens “têm capacidade de se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer, do álcool e de todas as formas de violência”. A Missionariedade: “As novas gerações”, diz o Documento, “são chamadas a transmitir a seus irmãos jovens a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e a sociedade”. 
Aos nossos jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude, fazemos votos de que a Campanha da Fraternidade e a Semana Missionária contribuam para o crescimento da fé e da solidariedade, ao encontro pessoal com Jesus Cristo e sua proposta de amor e, sobretudo, vivencia da experiência missionária, tornando-se protagonistas da evangelização.
Pelos nossos jovens, convidamos todas as comunidades a orarem: “Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças” (DAp 554). 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Criada, a partir dos ideais de renovação propostos no Concílio Vaticano II, neste ano, a Campanha da Fraternidade (C.F.) completa 50 anos! Para celebrar o seu “Jubileu de Ouro”, o lançamento nacional acontecerá no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, no mesmo local de sua fundação: a Arquidiocese de Natal – RN. E, em seguida, em todas as dioceses do Brasil.
A Campanha da Fraternidade, coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizada anualmente pela Igreja Católica, no período da Quaresma. A cada ano é escolhido um tema, que define sob qual perspectiva a solidariedade será despertada, em relação a questões que envolvem a necessidade de “conversão” da sociedade. É, portanto, um “elo” entre Igreja, fiéis e sociedade, evangelizando de forma ampla, e despertando iniciativas sociais que respondam diretamente às reflexões e aos estudos realizados através do Texto-base.
Ao longo dos anos, muitas foram as conquistas realizadas a partir das reflexões da Campanha da Fraternidade. Podemos elencar a aprovação do Estatuto do Idoso, a consciência em relação aos direitos das pessoas portadoras de deficiências, o Estatuto do Índio, a Campanha de Desarmamento, a consciência da relação entre “Fé e Política” e também diversas propostas de políticas públicas referentes à Mulher, aos encarcerados e em questões como ecologia, saúde, trabalho, educação, moradia e o valor inviolável da Vida.
E, agora, mais uma vez, em 2013, vivemos um tempo da “Graça do Senhor”: com a realização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, com a presença do Papa Bento XVI e da Semana Missionária, no mês de julho, que contará com a presença de milhões de jovens de todo o mundo, teremos, pela segunda vez, uma Campanha da Fraternidade trazendo o tema: “Fraternidade e Juventude”, agora com o lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
A Igreja do Brasil, a partir do exemplo de Isaías, ousa olhar os jovens do Brasil com esperança: aposta no potencial positivo e transformador de uma juventude comprometida com o Evangelho e engajada na Igreja, na vida acadêmica, profissional e nas esferas de participação da sociedade. Trata-se de uma posição divergente daquela visão retratada diariamente pelos Meios de Comunicação Social, que apresentam os jovens como “problema social”.
Mas, a questão do tema “juventude” não se restringe apenas ao aspecto cronológico da vida! É muito mais abrangente: “Jovem” é aquele(a) que sente o vigor de Deus, que revitaliza as pessoas, os ideais e estruturas sociais. Assumir a Campanha da Fraternidade significa abrir-se a acolher novas pessoas, ideias, projetos e maneiras alternativas para realizar o trabalho de evangelização. É “jovem” a pessoa que se deixou tomar pelo amor próprio de Deus, pela força e seu vigor de amar, princípio da “conversão” desejada na Quaresma.
Por fim, a Campanha da Fraternidade deste ano deseja refletir as questões dos jovens em três níveis: 1) Propiciar às comunidades eclesiais a reflexão da necessidade de acolher melhor os jovens, aceitando-os como são e criando canais próprios para sua participação; 2) Revigorar os organismos pastorais para um melhor acompanhamento e formação dos jovens já existentes em nossas comunidades, para que levem o seu testemunho cristão ao mundo e, 3) Refletir e propor soluções para a Vida dos jovens, especialmente, daqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade social.
“Há que se cuidar do broto para que a vida nos dê flor e fruto”

Autor/Fonte: Jovens Conectados

Bem viver e a situação dos brasileiros

O seminário que ocorrerá em Brasília (DF) de 20 a 23 de maio de 2013, é parte do processo de realização da 5ª Semana Social Brasileira (SSB) que acontece em todos os regionais da CNBB em articulação com diversos movimentos sociais, pastorais, organismos, associações, paróquias e comunidades do Brasil. O seminário reunirá representares dos grupos que constroem a 5ª SSB com o objetivo de discutir o “Estado e o Bem Viver”, tendo como tema o projeto do “bem viver e a situação dos brasileiros”.
 

A 5ª SSB é um processo nacional que está em curso desde 2011 em todo o Brasil e promove a participação ampla de pessoas e entidades, a abertura ao ecumenismo e diálogo inter-religioso, o pluralismo de ideias e valores, o exercício do debate democrático em todas as instâncias e o ensaio coletivo de iniciativas transformadoras. O momento de encerramento dos trabalhos será entre os dias 2 a 5 de setembro de 2013.
Autor/Fonte: CNBB